Coroinha: “vocação para servir”

Quando vamos à missa vemos no presbitério junto ao padre, ministros e diáconos, algumas crianças ou adolescentes paramentados. Eles não estão lá à toa, mas são chamados para servir, são coroinhas. Hoje é o dia deles, como é de São Tarcísio, padroeiro dos coroinhas.

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O coroinha de nossa paróquia é aquela criança ou adolescente que ajuda o padre na Igreja, doa seu tempo para este serviço na Igreja, colabora com o Reino de Deus. O coroinha ou a coroinha auxilia o padre durante a celebração da Missa, nas celebrações matrimoniais, na liturgia de um modo geral. O acólito – coroinha mais experiente – tem a seu cargo todas as tarefas da missa, que embora podendo ser realizadas pelo celebrante ou por até um ministro, desde que esse esteja devidamente preparado.

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Hoje a nossa paróquia conta com 49 coroinhas formados e outros possíveis candidatos ao ministério que poderão participar da formação para serem investidos em 2019. A vocação do coroinha, além da vocação cristã, desperta para outras vocações na igreja, alguns assumem posteriormente outros compromissos na comunidade, como o despertar para a vocação sacerdotal e religiosa. Alguns padres, ja foram coroinhas um dia, como teve acontecido em nossa Diocese de Umuarama.

Este mês de agosto, no domingo dia 26, haverá na uma grande confraternização entre todos os coroinhas da Diocese de Umuarama, o Intercoroinhas.

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QUEM FOI SÃO TARCÍSIO?

São Tarcísio é um menino santo. Tarcísio por volta do ano 260. Ele é o padroeiro dos coroinhas, acólitos e cerimoniários. Isso pelo fato de ele ter sido acólito (coroinha), aquela pessoa que ajuda o sacerdote nas missas e prestava seus serviços na Igreja de Roma.

Perseguição
Durante a perseguição de Valeriano, imperador de Roma (253-260), muitos cristãos foram presos e martirizados. Enquanto estavam na prisão esperando a morte, esses cristãos desejavam receber a Santa Eucaristia para se fortalecerem com o Corpo de Cristo. Mas era muito difícil entrar nas cadeias com a Santa Comunhão.

Um menino cheio de coragem
O Papa Sisto II queria, mas não podia levar a Eucaristia aos presos antes de serem mortos. Então, com apenas 12 anos de idade, Tarcísio se ofereceu para fazer este serviço. Ele dizia estar disposto a até mesmo dar a sua vida para que as hóstias sagradas não caíssem nas mãos dos pagãos. Mas o papa, olhando para ele, disse: “És jovem ainda, Tarcísio, e não sabes desempenhar esta santa missão”. Tarcísio retrucou: “Tanto melhor, porque de mim ninguém desconfiará, podendo de tal maneira me aproximar de nossos irmãos encarcerados. E também sei guardar as Santas Hóstias e nunca as entregarei aos pagãos.” Diante de tal atitude o papa não teve dúvida e entregou a ele uma caixa de prata com as Hóstias.

Perseguição
E Tarcísio foi cumprir sua missão. Caminhava firme pelas ruas, quando outros meninos o chamaram para brincar, pois faltava um para completar a brincadeira. Tarcísio se desculpou, dizendo estar com pressa. Um rapaz pegou-o pelo braço e quis forçá-lo. Tarcísio resistiu. Então, perceberam que ele segurava algo. Curiosos perguntaram o que era. Não atendendo às suas exigências, tentaram arrancar o segredo de suas mãos. Uma pessoa que passava pelo local, vendo a confusão, disse: “Ele leva o Deus dos cristãos!” Então, os rapazes caíram sobre o pobre menino para lhe arrancar à força as Santas Hóstias.

Força sobrenatural
Tarcísio segurava com tanta firmeza o tesouro, que força alguma conseguiu arrancá-lo. Porém, eles espancaram e maltrataram Tarcísio sem piedade. Exausto e quase morto, segurava as Santas Hóstias com força sobrenatural. Bateram nele e o apedrejaram. E, mesmo desmaiado, já quase morto, São Tarcísio não soltou o corpo de Cristo em suas mãos. De repente, então, surgiu um soldado romano, que também era um cristão disfarçado, mas já era tarde demais. Tarcísio já estava quase morto. Mas, aí, movido pela força de Deus, o menino soltou o Corpo de Cristo, entregou a caixa de prata ao soldado e faleceu. Depois de morto, o soldado levou seu corpo para as catacumbas, onde Tarcísio foi sepultado.

Veneração
Ainda é possível ver inscrições e restos arqueológicos sobre São Tarcísio nas famosas catacumbas de São Calisto. As inscrições comprovam a veneração a São Tarcísio. O Santo Papa Damaso I fez uma inscrição em seu túmulo, que diz: “Enquanto um criminoso grupo de fanáticos se atirava sobre Tarcísio que levava a Eucaristia, o jovem preferiu perder a vida, antes que deixar aos raivosos o Corpo de Cristo”. Sua festa é celebrada no dia 15 de agosto.

Fonte: cruzterrasanta.com.br